CIDADE IDEAL
Ontem assisti a uma palestra proferida pelo Secretário de Segurança Urbana de Recife – PE, senhor Murilo Cavalcanti, que me entristeceu no início, mas que, ao terminar, pela esperança deixada, devolveu-me a alegria por dar-me a certeza de que mudanças são possíveis e mudança é o que mais estamos necessitando para endireitar esse nosso País, tão espoliado, tão acintosamente roubado por seus políticos, homens sem caráter que ao invés de trabalharem para o povo, só querem saber de desviar as verbas destinadas às obras que transformariam nossa Pátria numa grande Nação, para seus cofres particulares, salvo as exceções, que são raras, mas que, graças a Deus, ainda existem.
A palestra foi contar como as cidades Colombianas, Bogotá e Medelin, em pouco mais de sete anos, deixaram de ser as mais violentas do mundo para se tornarem cidades padrão. Uma estatística que me impressionou foi saber que aqui no Brasil Recife ocupa o primeiro lugar no que se refere à violência urbana com, aproximadamente, 70 mortes por cada grupo de 100.000 habitantes, enquanto que, em 2002, aquelas cidades colombianas atingiam a espantosa marca de 380 mortes por cada 100.000 habitantes!
Mas, como foi possível a transformação?
Segundo Hugo Acero, Secretário de Segurança da cidade de Bogotá, vários requisitos foram necessários para que a transformação ocorresse e dentre eles citou a vontade política, a seriedade dos governantes, a transparência das ações, dinheiro público é sagrado, planejamento para o futuro, nada de improvisação,, melhor educação, saúde, segurança para os menos favorecidos, ou seja, valorização da vida com justiça eficiente, polícia com credibilidade, enfim, povo, políticos, município e estado trabalhando juntos para o bem comum..
Foi aí que minha tristeza deu sinal, pois, tudo que ele dizia é o que falta no Brasil!
Outra coisa que chamou minha atenção foi quando o orador falou sobre o valor que nestas cidades é dado às calçadas públicas que para os colombianos geram cidadania, segurança, acessibilidade, mobilidade, igualdade.
Não sei porque, mas, naquele momento, minha memória visual projetou na tela daquele auditório, flagrantes do centro comercial de Teresina, que decepção!
Dando continuidade à sua explanação, nosso palestrante mostrou a seguir uma série de fotos do antes e do depois; a partir de então, minha tristeza foi cedendo lugar a alegria que a esperança nos dá, pois, se eles conseguiram, por que nós não vamos conseguir?
Povo brasileiro, a hora é essa, vamos acreditar na nossa capacidade de reação; deixemos de ser expectadores e subamos no palco, o mundo quer nos assistir!
Antonio Luiz – Teresina, 15/9/2013