29.8.10

Outros olhares sobre Itararé, a ex-república dos desvalidos.


Dirceu Arcoverde 1: conhecido como a Itararé, a república dos desvalidos,
como escreveu Afonso Lima, em peça teatral.
Foto:Kaki Afonso




Em visita ao local, percebe-se o uso de áreas sombreadas como espaços
de convivência, usados pela terceira idade e por crianças.Contudo,necessita-se
ainda de muitas intervenções no bairro para a melhoria de vida no conjunto.
Foto: Kaki Afonso.Ago.2010



A praça da Igreja de São Francisco consegue manter a ambiência interiorana,
com seu cruzeiro e matriz, que tem 12 capelas espalhadas pelo bairro do Dirceu
Arcoverde 1.
Foto: Kaki Afonso.Ago.2010




Intervenções comerciais na praça da Oitava.Dirceu Arcoverde 1.Teresina.
Foto: Kaki Afonso.Ago.2010




O comércio invade a área residencial e o bairro se transforma em pólo
comercial naquela região sudeste da cidade: nomes curiosos, despertam a atenção!
Foto: Kaki Afonso.Ago.2010

Parque Potycabana. Estudo arquitetônico da obra e sua intervenção na cidade: 1990-2010.


A piscina de ondas,obra polêmica naqueles anos, está abandonada e hoje é foco para transmissão da dengue.
Foto:Kaki Afonso.Ago 2010





As piscinas estão secas, sujas.O mato toma conta dos psseios em pedra portuguesa.
Foto:Kaki Afonso.Ago 2010




Abandono e falta de manutenção:será que ainda vale a pena revitalizar esta obra?
Foto:Kaki Afonso.Ago 2010



Estamos desenvolvendo como projeto de pesquisa no curso de arquitetura e urbanismo, da UFPI, uma investigação a respeito do parque POtycabana, que tem como objetivo, investigar a respeito da obra do parque Potycabana, enquanto intervenção arquitetônica e a interferência da mesma no cenário urbano da cidade de Teresina, apresentando dados originais e inéditos sobre o autor do projeto, e a obra em si.

O parque Potyacabana foi projetado para ser implantado às margens do Rio Poty, no bairro Noivos, na zona leste de Teresina, ocupando área de 90 mil metros quadrados (9 hectares).

A obra foi projetada pelo autodidata Gérson Castelo Branco no final dos anos 80, e construído pelo Governo do Estado do Piauí, durante o segundo Governo de Alberto Silva. Foi inaugurada em 1990, quando passou a ser administrada pela iniciativa privada, com uso concedido à empresa COBEL/ Comércio de bebidas Ltda, distribuidora de bebidas Antártica.

Em 2001, após a falência administrativa desta empresa, o parque passou para o sistema Fecomércio/Sesc/Senac, sem contudo tal cessão haver sido tramitada na Assembléia Legislativa estadual, o que fez com que em 2006, tal processo fosse anulado, e o mesmo passasse a ser administrado pelo próprio Governo do Estado.

A questão é que após tantos anos de uso, o mesmo não vinha recebendo uma manutenção adequada, e por isso, encontrava-se bastante deteriorado, em todos os seus equipamentos. O programa arquitetônico era composto por bloco de administração e baterias sanitárias; parque aquático, com piscinas de ondas, e toboáguas; quadras de esportes para vôlei e pistas de corridas; área para shows com anfiteatros e palcos; restaurante com bar e lanchonete, entre outros.

De acordo com matéria publicada no Jornal Diário do Povo, datada do dia 16 de fevereiro de 2007, e intitulada “Estado retoma administração e abandona parque Potycabana”, o local encontrava-se abandonado, após um ano em que este passou a ser administrado pelo Governo: “Depois da disputa política que cancelou o contrato de cessão de uso do parque Potycabana para o sistema Fecomércio, o maior complexo de lazer do Piauí está em total estado de abandono e se transformou em depósito de ferro-velho”.

Em janeiro de 2008, a Secretaria de Infraestrutura do Estado entregou um projeto de recuperação orçado em mais de R$ 1 milhão para a Caixa Econômica Federal. De acordo com o governador Wellington Dias os recursos já estavam garantidos, inclusive através de emenda o próprio deputado federal Alberto Silva. Na época o secretário Avelino Neiva, chegou a declarar que o dinheiro já estaria depositado em conta e que o Estado seria responsável pela contrapartida nos recursos.

Em janeiro de 2009, de acordo com informações da própria Coordenadoria de Comunicação do Estado, a previsão para a entrega da obra era de 180 dias, mas o prazo não foi cumprido. Em Abril de 2009, o Governo voltou a divulgar que o Parque abriria para o uso da população no mês de novembro.

Além da renovação das instalações elétricas e hidráulicas do Parque o projeto de melhorias incluía ainda a reforma do prédio de administração, restaurante, piscinas e portões. Nos últimos anos, em que esteve fechado o parque serviu apenas para abrigar eventos como Feiras e o tradicional Festival de Folguedos, deixando de ser o principal local de lazer para a população mais carente de Teresina.


O projeto do parque previa em sua concepção original que o mesmo fora utilizado para servir à população mais carente teresinense como área de lazer, devendo funcionar como uma espécie de clube, com suas diversas atividades. Contudo, o acesso ao mesmo, começa a ser proibido a esta faixa da população, uma vez que a terceirização administrativa privada necessitava de recursos para realizar a sua manutenção.


Assim, este projeto de pesquisa pretende investigar dados que forneçam informações para se realizar uma retomada desta intervenção arquitetônica. Analisando-se para tal, os critérios projetuais utilizados na concepção da mesma, a análise dos aspectos considerados para o desenvolvimento da proposta, as influências sofridas, e as causas e conseqüências que levaram o parque ao estado no qual se encontra.


Em revisão bibliográfica realizada sobre o tema a ser pesquisado, foi possível descobrir que a revista paulista de arquitetura intitulada ”Projeto”, de circulação nacional, em seu número 138, de fevereiro de 1991, dedicou várias páginas para divulgar a obra, recentemente inaugurada. Em 2005, a mesma revista, no número 308, de outubro de 2005, denuncia o estado de abandono na qual a mesma se encontra.


Em de abril de 2007, no número 326, mais uma vez, a revista retoma o tema, através de artigo intitulado “Ai de ti, Potycabana!”, no qual critica o atraso no processo de restauração do parque, afirmando que o mesmo não cumpriu com a sua função original, foi mal administrado e por isso, encontra-se neste estado de abandono.


Em sites de jornais locais também foi possível se levantar dados para a montagem deste projeto, mas são informações muitas vezes repetitivas de materiais publicadas na revista anteriormente citadas, sem apresentar dados originais e inéditos.




Ensaio : quando este cenário, voltará a servir de área de lazer novamente para o teresinense?
Foto:Kaki Afonso.Ago 2010

25.8.10

Inhotim: arte, arquitetura e paisagem.Minas Gerais


foto:kaki afonso.agosto 2010


foto:kaki afonso.agosto 2010

foto:kaki afonso.agosto 2010

Inhotim é um instituto mineiro, localizado ao lado do municipio de Brumadinho, que possui um espaço único, reunindo um dos mais importantes acervos de arte contemporânea mundial e um dos mais importantes jardim botânico, com grande número de espécies vegetais.

Desperta interesse a beleza e a grandiosidade do empreendimento, que conseguiu harmonizar a arquitetura de excelente qualidade ali projetada, com a paisagem natural e trabalhada, abrigando nos espaços externos e internos um acervo com mais de 500 obras de arte de artistas renomados nacional e internacionalmente.

O visitante fica extasiado com tanta beleza, com a criatividade das intervenções e com a perfeita manutenção que este parque/museu possui: vale a pena conhecer e poder disfrutar da sensação de bem estar que o lugar propicia..
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foto:kaki afonso.agosto 2010


foto:kaki afonso.agosto 2010


foto:kaki afonso.agosto 2010

11.8.10

Niemeyer e a cidade administrativa Tancredo Neves: Belo Horizonte


Foto:Kaki Afonso. BH. Ago.2010



Foto:Kaki Afonso. BH. Ago.2010



Foto:Kaki Afonso. BH. Ago.2010



Foto:Kaki Afonso. BH. Ago.2010



Foto:Kaki Afonso. BH. Ago.2010

A nova cidade administrativa de Minas Gerais está localizada nos arredores de Belo Horizonte, possuindo projeto de nosso arquiteto maior, Oscar Niemeyer.

O acesso ao centro administrativo não é fácil, pois devido à distância, o meio mais eficiente é o metrô de superfície, que ainda é muito incipiente, possuindo apenas uma linha, e que mesmo assim, ainda é necessário tomar um ônibus que leve o visitante até o local.

Como foi inaugurado recentemente, ainda falta muito o que fazer para facilitar o acesso ao local, como melhoria de transportes,sinalização,arborização e mobiliário urbano.

Mas é inegável, a beleza e grandiosidade da obra, que marca o trabalho contemporâneo do centenário Niemeyer, que retoma no projeto, as formas usadas anteriormente em projetos realizados em Brasília,
São Paulo...

O conjunto é formado do Palácio Tiradentes, de auditório, de dois edificios que sediam as secretarias de Estado, o Minas e o Gerais, e um centro de convivência que possui lojas, restaurantes e serviços de apoio. Foi criado ainda uma grande área para estacionamento e um lago artificial.



Foto:Kaki Afonso. BH. Ago.2010


O edificio Tiradentes: sedia o gabinete do governador, vice-governador, gabinete militar e área de eventos. Volume primático, puro, revestido com fachadas laterais cegas, e fachada frontal e posterior em vidros.

Predomina o uso da cor branca e os panos de vidro preto. Existem críticas a estes panos, devido à insolação que é grande nestas fachadas, denotando a falta da adoção de critérios de sustentabilidade no projeto.

6.8.10

A praça da Bandeira:tensões e conflitos


Foto:Kaki Afonso. julho 2010


A praça está localizada no bairro Centro , à margem do rio Parnaíba, área pessoalmente escolhida pelo conselheiro José Antônio Saraiva, autor do projeto da nova cidade, em 1852, para sediar a Vila Nova do Poti, destinada a ser a futura capital do estado do Piauí.

A área havia sediado uma antiga fazenda de criação de gado e era conhecida por “Chapada do Corisco”, por ocorrer ali, muitas trovoadas e raios, durante a estação chuvosa.

Foi neste lugar, no qual se construiu a Igreja Matriz do Amparo, que serviu de referência para o traçado geométrico urbano, que possui linhas paralelas e simetricamente dispostas, partindo do rio Parnaíba em direção ao rio Poti.

Esta praça/ parque originou a formação urbana teresinense, e possui em seu entorno, os edifícios mais simbólicos da cultura local, entre eles, a Igreja Matriz do Amparo, o Museu do Estado, um imponente edifício neoclássico (sede da Prefeitura), o antigo Palácio da Justiça, entre outros.



Fonte:Jornal " O Dia".Caderno especial.16 agosto 2002

Além deste rico acervo cultural material, o local é o principal centro vivo da dinâmica urbana da cidade, por onde passam pessoas, ônibus, decisões políticas, negócios e principalmente, onde ocorrem algumas manifestações culturais locais, como a Feira do Troca-Troca, a Feira livre do Mercado, o encontro de violeiros, que compõem o rol dos bens imateriais urbanos.



Fonte:Folder " a praça deu bandeira!".Fundac.1985



foto:Kaki Afonso. julho 2010


Como lidar com o conflito existente entre a paisagem do ambiente construído de um centro histórico e os novos programas arquitetônicos da cidade contemporânea? Recentemente, o poder público construiu neste local uma grandiosa e imponente obra pós-moderna, com estrutura em concreto e aço, que ocupou quase um terço da área da histórica praça, para abrigar o Shopping dos Camelôs e o terminal metroviário. Como conviver com tais intervenções na paisagem cultural local?


foto:Kaki Afonso. julho 2010

A 1ª Semana de Arquitetura e Urbanismo. Teresina




A 1ª Semana de Arquitetura e Urbanismo, organizada pelos alunos da Universidade Federal do Piauí e do Instituto Camillo Filho, acontecerá do dia 17 ao dia 21 de agosto de 2010 na cidade de Teresina-PI e trará como tema “Onde tem Arquitetura?”.


A proposta do evento é integrar os estudantes de Arquitetura e Urbanismo de Teresina, esclarecendo, divulgando e discutindo os múltiplos campos de atuação do profissional Arquiteto e Urbanista e, sobretudo, as formas como estes estão realizando seus trabalhos, auxiliando, desta forma, no processo de formação acadêmica e contribuindo para a complementação da formação curricular.


A idéia é movimentar, modificar conceitos enraizados sobre SemanAUs e discussões de Arquitetura, de Urbanismo.


A proposta assim é se permitir...


Se permitir deitar no chão, caminhar pela cidade, andar com guarda-sol.


Se permitir discutir Arquitetura, Urbanismo. Não o que são, mas onde existem.



Se permitir mudar, intervir na cidade.