foto:kaki afonso
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Projetos, imagens urbanas e resgate da arquitetura moderna através de textos, fotografias e (re)desenhos.
Os arquitetos Reginaldo Esteves e Marcos Domingos: dois discípulos da Escola de Recife.
Dessa forma, é que se pretende divulgar a produção arquitetônica moderna realizada pelos primeiros discípulos destes arquitetos professores do curso de arquitetura da antiga Escola de Belas Artes de Pernambuco, posteriormente transformada em Faculdade de Arquitetura: Heitor Maia Neto, Mauricio de Castro, Reginaldo Esteves, Valdeci Pinto, Paulo Vaz, Marcos Domingues, Carlos Correia Lima, Edison Lima, Augusto Reynaldo, Dílson Mota, Hélio Moreira e Ana Regina Moreira. É um trabalho inédito, uma vez que resgata e confronta pela primeira vez a atuação destes profissionais, que vêm sendo objetos de estudos, mesmo após o término da pesquisa realizada para a elaboração da tese doutoral.
O arquiteto Mauricio Castro, também ex aluno de Russo e Borsoi.
Entre estes seguidores, que podem ser considerados “discípulos”, pois seguiram e deram segmento as aprendizagens recebidas através de seus mestres/ professores, possuem alguns que, além de haverem sido alunos dos mesmos, tiveram a oportunidade de conviver com estes, tanto como colaboradores no desenvolvimento de projetos modernos realizados no Estado de Pernambuco, como também, trabalhando como monitores e futuros professores da Escola na qual estudaram, levando dessa forma, tal experiência para as suas práticas individuais.
A pesquisa sobre estes profissionais foi obtida de uma coleta de dados realizada para a elaboração de um capitulo de tese doutoral realizada na área de projetos arquitetônicos, conforme foi citado anteriormente, utilizando uma metodologia que trabalhou com pesquisa de campo, realizando entrevistas com profissionais que atuaram nos anos 50 e 60 na cidade de Recife, visitando as obras ainda existentes e as fotografando, procurando pistas dos projetos em arquivos públicos e privados, a fim de identificar a influência dos recursos da modernidade empregados nestas propostas. A investigação realizada no arquivo do CREA/ PE forneceu também, importante material que possibilitou dados fundamentais para este trabalho.
As informações gráficas dos projetos investigados destes discípulos foram “descobertos” em jornais locais da época, principalmente, a Folha da Manhã, que publicava aos domingos um caderno cultural que dedicava uma página à arquitetura.Durante quase três anos foi produzido pelo IAB/ PE um rico material que constantemente divulgava a produção destes arquitetos, que além de fazerem parte da diretoria do IAB, também eram os que mais encomendas recebiam, sendo reconhecidos por suas atuações, obtendo de uma forma justa, um espaço na imprensa para a divulgação de suas obras.
Dessa maneira, a intenção é divulgar a riqueza deste conjunto de projetos e obras inéditas, a fim de proporcionar aos pesquisadores da área, o conhecimento do trabalho de uma série de profissionais de grande importância para a boa qualidade da arquitetura moderna produzida no nordeste brasileiro.
A arquitetura é um produto resultante da relação do homem com o seu meio e para isto ele vai criar ou adaptar soluções próprias à sua realidade local.
As residências coloniais piauienses possuiam paredes de adobe ou pedra, utilizando-se carnaúbas nas estruturas dos seus telhados, lajotas cerâmicas, pés direitos altos, paredes internas de meia-altura, peitoris nas varandas, puxados, pátios internos. As Igrejas ,por sua vez, eram simples e sóbrias, com linhas puras, sem derramamentos plásticos. Assim é a produção arquitetônica do Piauí durante os séculos XVIII e XIX.
As primeiras igrejas piauienses são simples, rústicas, despojadas, sóbrias, com frontispícios limpos. Influenciadas pela arquitetura jesuítica, são um retrato do era a vida no Piauí durante essa época: são edificações com soluções técnicas e estéticas básicas. Uma concepção totalmente diversa do que estava sendo produzido em outras regiões brasileiras, como