A cidade de Parnaíba teve seu apogeu econômico, graças à
extração e comercialização da cera de carnaúba durante o
período que abarca os séculos XVIII, XIX e XX.
E foi durante esta época que foram construídos edifícios
para abrigar a alfândega, os armazéns de estocagem dos
produtos extraídos e comercializados através da navegação
fluvial, como a cera de carnaúba, o sal, as charqueadas, o
babaçu, entre outros.
Estes edifícios foram pouco a pouco, sendo construídos
um ao lado do outro, dando formação ao conjunto que
é composto por três grandes blocos, interligados através
de ruelas, que totalizam uma área aproximada de 10.000
m2, formada por antigos estabelecimentos comerciais
e industriais, o sobrado da antiga alfândega, antigos
armazéns pertencentes à família Dias da Silva, construídos
por escravos, e um galpão metálico que mesmo havendo
sido edificado no século XX, já se incorporou à paisagem
local. Faz parte também deste conjunto, um antigo dique
usado para a construção de embarcações, e uma área
que se encontra em ruínas, que é utilizada como parque
natural.
O sistema construtivo desses armazéns utilizou paredes de
alvenaria de blocos de pedras, devidamente quebrados
e rejuntados, empregando uma argamassa resultante da
mistura do pó de ostra com óleo de baleia; coberturas
estruturadas com troncos de aroeira e carnaúba
revestidas com telhas cerâmicas tipo canal; altos pésdireitos
que criam ambientes de uma beleza rústica,
característica da arquitetura da região.
Durante a decadência dos ciclos econômicos
parnaibanos, o conjunto foi aos poucos perdendo a
sua funcionalidade, tendo ficado durante a segunda
metade do século XX, abandonado e sendo invadido
por famílias carentes que transformaram a área em um
grande cortiço.
A partir da década de 80, um grupo de parnaibanos
apoiados por políticos locais, iniciou um trabalho junto
aos órgãos de preservação do patrimônio estadual
para que o conjunto fosse protegido por lei e que se
dera inicio a um trabalho de resgate emergencial das
edificações, que se encontravam em precário estado de
conservação.Dessa forma, através de Decreto Estadual
No. 6.924 de 09/12/86, foi realizado o tombamento
do Conjunto a nível estadual.
E foi ainda no final dos anos 80, que se iniciaram os
trabalhos de restauração do conjunto, realizando-se ali,
a relocação das famílias invasoras, limpeza geral da
área, e obras emergenciais para evitar o desabamento
das coberturas corroídas por cupins.
Também foi desta época, o primeiro projeto de
implantação de um modesto museu do Mar, implantado
em um edifício completamente restaurado em um ponto
estratégico deste conjunto.
Os recursos eram oriundos do Governo Estadual,
contando com o apoio dos então governadores Hugo
Napoleão e Raimundo Bona Medeiros.A responsável
técnica de tais projetos era a arquiteta Alcilia Afonso,
que teve como colaboradores os arquitetos João Alberto
Monteiro e Ana Márcia Moura.
Na década seguinte, nos anos 90, durante os governos
estaduais de Alberto Silva e Freitas Neto, a área foi
altamente impulsionada, dando continuidade aos
trabalhos de restauração, conservação e revitalização
do conjunto, sendo instalados ali, restaurantes, agencia
bancária, pavilhão de eventos, lojas de artesanato,
baterias sanitárias, auditório, informações turísticas,
bares, e o cais, que retomou suas atividades, agora,
voltado para o transporte de turistas ao Delta.
Parte deste período, o então presidente da PIEMTUR,
Edílson Carvalho, incentivou ao máximo a revitalização
da área, buscando parcerias com a iniciativa privada
para a sustentabilidade econômica do conjunto, que
passou a ser administrado pela Associação Comercial
de Parnaíba.
Infelizmente no inicio do século XXI, o conjunto já não
era mais prioridade da política cultural estadual e
pouco foi feito para manter as parcerias anteriormente
realizadas, dando inicio a um outro ciclo de abandono.
Nos últimos anos dez anos, nada mais foi realizado
no que é referente à conservação deste acervo, o que
prejudicou bastante a preservação dos antigos edifícios,
que apresentam atualmente um precário estado de
conservação, necessitando mais uma vez de imediatas
intervenções para evitar o quanto antes o seu abandono
e possível destruição.
Dessa forma, os atuais governos estadual e municipal,
retomaram a partir de 2006, medidas no sentido
de resgatar este importante acervo, solicitando o
tombamento federal à 19ª. Superintendência Regional
do IPHAN, de todo o conjunto urbano e seu entorno,
bem como a sua inserção do programa do PRODETUR
2, para que consiga recursos para sua revitalização e
sustentabilidade através de estudos sócio econômicosque viabilizem a gestão do mesmo, incentivado dessa
forma, não somente a preservação do mais importante
conjunto arquitetônico do litoral piauiense, mas também, as
atividades turísticas do trinômio formado por Jericoacoara,
Delta do Parnaíba e Lençóis Maranhenses do litoral norte
brasileiro.
extração e comercialização da cera de carnaúba durante o
período que abarca os séculos XVIII, XIX e XX.
E foi durante esta época que foram construídos edifícios
para abrigar a alfândega, os armazéns de estocagem dos
produtos extraídos e comercializados através da navegação
fluvial, como a cera de carnaúba, o sal, as charqueadas, o
babaçu, entre outros.
Estes edifícios foram pouco a pouco, sendo construídos
um ao lado do outro, dando formação ao conjunto que
é composto por três grandes blocos, interligados através
de ruelas, que totalizam uma área aproximada de 10.000
m2, formada por antigos estabelecimentos comerciais
e industriais, o sobrado da antiga alfândega, antigos
armazéns pertencentes à família Dias da Silva, construídos
por escravos, e um galpão metálico que mesmo havendo
sido edificado no século XX, já se incorporou à paisagem
local. Faz parte também deste conjunto, um antigo dique
usado para a construção de embarcações, e uma área
que se encontra em ruínas, que é utilizada como parque
natural.
O sistema construtivo desses armazéns utilizou paredes de
alvenaria de blocos de pedras, devidamente quebrados
e rejuntados, empregando uma argamassa resultante da
mistura do pó de ostra com óleo de baleia; coberturas
estruturadas com troncos de aroeira e carnaúba
revestidas com telhas cerâmicas tipo canal; altos pésdireitos
que criam ambientes de uma beleza rústica,
característica da arquitetura da região.
Durante a decadência dos ciclos econômicos
parnaibanos, o conjunto foi aos poucos perdendo a
sua funcionalidade, tendo ficado durante a segunda
metade do século XX, abandonado e sendo invadido
por famílias carentes que transformaram a área em um
grande cortiço.
A partir da década de 80, um grupo de parnaibanos
apoiados por políticos locais, iniciou um trabalho junto
aos órgãos de preservação do patrimônio estadual
para que o conjunto fosse protegido por lei e que se
dera inicio a um trabalho de resgate emergencial das
edificações, que se encontravam em precário estado de
conservação.Dessa forma, através de Decreto Estadual
No. 6.924 de 09/12/86, foi realizado o tombamento
do Conjunto a nível estadual.
E foi ainda no final dos anos 80, que se iniciaram os
trabalhos de restauração do conjunto, realizando-se ali,
a relocação das famílias invasoras, limpeza geral da
área, e obras emergenciais para evitar o desabamento
das coberturas corroídas por cupins.
Também foi desta época, o primeiro projeto de
implantação de um modesto museu do Mar, implantado
em um edifício completamente restaurado em um ponto
estratégico deste conjunto.
Os recursos eram oriundos do Governo Estadual,
contando com o apoio dos então governadores Hugo
Napoleão e Raimundo Bona Medeiros.A responsável
técnica de tais projetos era a arquiteta Alcilia Afonso,
que teve como colaboradores os arquitetos João Alberto
Monteiro e Ana Márcia Moura.
Na década seguinte, nos anos 90, durante os governos
estaduais de Alberto Silva e Freitas Neto, a área foi
altamente impulsionada, dando continuidade aos
trabalhos de restauração, conservação e revitalização
do conjunto, sendo instalados ali, restaurantes, agencia
bancária, pavilhão de eventos, lojas de artesanato,
baterias sanitárias, auditório, informações turísticas,
bares, e o cais, que retomou suas atividades, agora,
voltado para o transporte de turistas ao Delta.
Parte deste período, o então presidente da PIEMTUR,
Edílson Carvalho, incentivou ao máximo a revitalização
da área, buscando parcerias com a iniciativa privada
para a sustentabilidade econômica do conjunto, que
passou a ser administrado pela Associação Comercial
de Parnaíba.
Infelizmente no inicio do século XXI, o conjunto já não
era mais prioridade da política cultural estadual e
pouco foi feito para manter as parcerias anteriormente
realizadas, dando inicio a um outro ciclo de abandono.
Nos últimos anos dez anos, nada mais foi realizado
no que é referente à conservação deste acervo, o que
prejudicou bastante a preservação dos antigos edifícios,
que apresentam atualmente um precário estado de
conservação, necessitando mais uma vez de imediatas
intervenções para evitar o quanto antes o seu abandono
e possível destruição.
Dessa forma, os atuais governos estadual e municipal,
retomaram a partir de 2006, medidas no sentido
de resgatar este importante acervo, solicitando o
tombamento federal à 19ª. Superintendência Regional
do IPHAN, de todo o conjunto urbano e seu entorno,
bem como a sua inserção do programa do PRODETUR
2, para que consiga recursos para sua revitalização e
sustentabilidade através de estudos sócio econômicosque viabilizem a gestão do mesmo, incentivado dessa
forma, não somente a preservação do mais importante
conjunto arquitetônico do litoral piauiense, mas também, as
atividades turísticas do trinômio formado por Jericoacoara,
Delta do Parnaíba e Lençóis Maranhenses do litoral norte
brasileiro.
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