A cidade de Teresina, capital do estado do Piauí, possui aproximadamente 900 mil habitantes, e segundo informações coletadas oralmente, a Prefeitura contratou uma consultoria externa para a elaboração de seu PLHIS, no qual, serão apresentados dados preciso sobre os assentamentos e o deficit qualitativo mais atualizado.
De acordo, com TERESINA AGENDA 21/ PLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (2002), 80% da população moram em imóveis próprios, porém inseridos em vilas e favelas e apresentando precariedade na estrutura física das habitações, coabitação, adensamento excessivo e saneamento inadequado, proporcionando um grande déficit habitacional, que giram em torno de 40.000 unidades.
Deste número, foi observado que 10% (4000 casas) estão localizadas em áreas impróprias para o setor habitacional, pois 4,5% estão implantadas em áreas de risco, 3,6% em leitos de rua e 2,8% em áreas alagadiças.
Quanto às tipologias, observa-se em 41,5% das casas, o uso de tijolos e telha cerâmica, e 38,5% de casas em taipa de pau a pique e cobertura de palha, denotando a influencia do meio ambiente, uma vez que a cidade faz parte da região geográfica da Mata dos Cocais, com predomínio de palmeiras como a carnaúba e o babaçu, de onde são extraídos alguns materiais construtivos destas casas.
A Carnaúba: extração de materiais para a cosntrução autóctone.
foto:kaki afonso/2008
Imóvel precário utilizando materiais locais.
foto:kaki afonso/2008
Outra tipologia existente são os conjuntos habitacionais, e que somente entre os anos de 1964 a 1990, foram construídos pela antiga COHAB/ PI, 43 conjuntos, com aproximadamente 35 mil unidades, abrigando 150 mil pessoas.Muitos destes conjuntos estão em precário estado de conservação, necessitando de intervenções tanto nas residências, como na infra-estrutura dos mesmos.
Outro fator que vem chamando a atenção é o grande número de invasões de terras privadas ou públicas, criando situações de impasses sociais, uma vez que , muitas vezes, a força policial vem entrando em ação,pois as ações de invasões são rápidas e comandadas por grileiros, que usando o “motivo” da falta de moradia, usam a população em prol de benefícios próprios futuros.
Os reassentamentos vêm ocorrendo com grande freqüência, principalmente em períodos chuvosos, no qual a cidade vem passando por fortes inundações, e a população que ocupa as áreas de risco, anteriormente citadas, são transladadas para áreas longínquas e sem uma infra-estrutura ainda adequada.
A cidade vem “crescendo” em todos os sentidos, mas observa-se a ocupação por famílias de renda salarial até os 3 salários mínimos em direção à região norte, em ocupações como o parque Brasil 1, 2, e 3, que foram se unindo a outros assentamentos como o conjunto habitacional Francisca Trindade, Nova Teresina, entre outros.
Conjunto Jacinta Andrade: 4300 casas em construção.ADH/CAIXA
foto:kaki afonso/2008
A ADH/Governo do Piauí vem desenvolvendo um trabalho de melhoria habitacional na área, e em parceria com a CAIXA, construindo uma série de equipamentos sociais em assentamentos já consolidados, bem como, atualmente, intervindo na construção de um dos maiores investimentos na área, o conjunto habitacional Jacinta Andrade, com 4300 unidades unifamiliares, situado nesta região norte, e que será dotado de uma infra-estrutura digna em relação á construção de equipamentos sociais, culturais, de lazer, ambientais, serviços e comércio, que farão com que esta atual área periférica, tenha autonomia e sustentabilidade, proporcionando uma melhor condição de vida aos futuros moradores.
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